Uma pequena empresa descobre que uma colaboradora mantém relacionamento íntimo com um fornecedor. Não há prova de favorecimento, só o desconforto: manter, afastar ou remanejar?
O que é o certo a fazer?
O DEATM não responde isso. O que ele responde o que é mais coerente com os princípios que você mesmo escolheu seguir. Entrega alternativas, pontua o nível de coerência de cada uma e expõe o preço de ignorar o próprio discurso.
Vamos ver como o DEA™ trata esse mesmo dilema em duas empresas com princípios completamente diferentes. E aplicar três das possíveis soluções.
O DEATM roda os números, cruza princípios × contexto e gera um ranking de soluções. A decisão é do gestor. Sempre.
📌 Empresa A
Princípios declarados:
- Lealdade
- Integridade
- Imparcialidade
Alternativa 1: Desligamento com apoio (Alta coerência) A relação pessoal entre colaboradora e fornecedor afeta diretamente o princípio da imparcialidade. Mesmo sem má conduta, a percepção compromete a cultura da empresa. Consequência: Princípios preservados, cultura reforçada, confiança mantida.
Justificativa que o gestor pode usar: “Somos uma empresa que acredita profundamente na imparcialidade em todas as relações. Ainda que não haja má conduta, a existência de um vínculo pessoal com um fornecedor pode comprometer a confiança em nossos processos. Essa decisão não é punitiva, mas sim uma escolha coerente com os nossos valores e a cultura que cultivamos aqui dentro.”
Alternativa 2: Remanejamento para área sem contato com o fornecedor (Média coerência) Reduz o risco, mas a sombra do vínculo continua. Exige controle constante. Consequência: Evita a ruptura imediata, mas demanda vigilância ética contínua.
Justificativa possível: “Entendemos que a relação pessoal existente pode gerar desconforto ou percepção de favorecimento. Por isso, estamos promovendo uma reestruturação interna, com mudanças que evitam qualquer risco de influência nas decisões. Com isso, conseguimos preservar tanto a confiança no processo quanto o respeito à profissional envolvida.”
Alternativa 3: Manter tudo como está (Baixa coerência) Quebra direta do princípio de imparcialidade. Consequência: Potencial crise reputacional futura. Risco elevado de incoerência percebida.
Justificativa possível: “Valorizamos a integridade e a confiança nos nossos profissionais. Acreditamos que não há, neste caso, nenhum indício de má conduta ou desvio. Por isso, optamos por manter tudo como está, reforçando a importância de atuar com ética e transparência em todas as interações.”
📌 Empresa B
Princípios declarados:
- Confiança interpessoal
- Privacidade individual
- Foco em resultados
Alternativa 1: Manter colaboradora com critérios objetivos (Alta coerência) A situação não fere os princípios declarados. Confiança e privacidade são reforçadas. Consequência: Mensagem positiva de confiança interna, sem prejuízo nos resultados.
Justificativa que o gestor pode usar: “Nossos princípios se baseiam na confiança entre as pessoas e no respeito à vida privada de cada colaborador. A situação identificada não compromete os resultados nem representa quebra de conduta. Vamos reforçar nossos critérios de avaliação e garantir que as decisões sejam sempre baseadas em desempenho e transparência.”
Alternativa 2: Remanejamento parcial (Média coerência) Preserva os resultados, mas pode ser percebido como punição velada. Consequência: Gera atrito com o princípio da privacidade; risco de ruído interno.
Justificativa possível: “Ainda que respeitemos a vida pessoal de todos, entendemos que, neste caso, a melhor decisão para proteger a confiança no processo é realocar responsabilidades. Isso não é um juízo de valor sobre ninguém, mas sim um cuidado adicional para evitar conflitos de interesse e proteger a imagem de todos os envolvidos.”
Alternativa 3: Demissão “por precaução” (Baixa coerência) Contraria diretamente a confiança e a privacidade como valores. Consequência: Desalinha discurso, gera ruído interno e quebra cultura.
Justificativa possível: “Apesar de não haver nenhuma irregularidade, entendemos que a continuidade da relação profissional neste momento pode gerar desgastes desnecessários à imagem da empresa. Por isso, decidimos encerrar o vínculo com muito respeito, reconhecendo o trabalho realizado até aqui.”
O que o DEA realmente entrega
- Mapa de coerência – O ranking acima.
- Justificativa pronta – Argumentos lógicos para cada alternativa (inclusive a incoerente).
- Custo ético – Mostra em números o gap entre a opção escolhida e o que a empresa promete ser.
A decisão continua sendo do gestor. O DEA™ só garante que ela venha acompanhada de consciência, justificativa e previsibilidade do risco ético envolvido.
Ética não é manual de regras; é GPS de coerência. O DEA™ só liga o farol alto. Quem dirige continua sendo você.