Como anda a governança de sua empresa?
O ambiental e o social são importantes. Muito. Até mais do que se é propagado.
E é exatamente por isso que a governança tem que ser levada a sério. Sem governança, nenhum dos dois se sustenta. Sem ela, não passa de discurso sem consequência.
Governança é o que impede que o discurso seja apenas marketing vazio.
É o que faz o marketing virar compromisso sério.
É o que traduz compromisso em processo eficaz.
E transforma o processo em ação direta.
Em suma, é a governança que separa uma empresa admirável de uma improvisada.
E ainda assim, continua sendo a parte menos conhecida — e mais negligenciada — do ESG.
Para o público, o G é técnico demais, distante, sem apelo emocional — sem marketing. Quando entendem, o máximo é que é coisa da empresa.
Para a comunicação corporativa, é complicado de explicar, e mais ainda de entender.
Mas para quem lidera — ou investe — é o núcleo da credibilidade. É com o que o investidor realmente se preocupa.
Governança não é organograma.
É clareza sobre quem decide, quem fiscaliza e quem responde.
É sobre transparência, equidade, responsabilidade e prestação de contas — inclusive sobre inclusão.
Está nos processos, nas atas e, principalmente, nas omissões.
É sobre como se organizar.
Como se reagir ao erro.
Como se reparar os problemas.
Como se mostrar o que ocorre.
Como se tratar os diferentes.
Não basta ter conselho.
É preciso ir além. A governança efetiva começa na liderança executiva, se espalha pelas decisões do dia a dia e se revela — ou se esconde — no momento da crise.
Nesse momento, quando o mundo parece desabar, é que a governança coloca as coisas de volta aos trilhos.
Enquanto o G seguir fora do radar do público, ele continuará sendo ignorado por quem prioriza a aparência.
Mas sempre será o mais avaliado pelos investidores. Só se investe em que se conhece.
Quem lidera de verdade sabe: sem governança, tudo desaba. Cedo ou mais tarde, mas sempre.